Sindicato diz que policiais trabalham com coletes e munições vencidos

 

O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) divulgou uma nota na qual denuncia que a categoria trabalha com “coletes e munições vencidos, armas de fogo com defeitos e algemas insuficientes”.
Segundo o presidente da entidade, Marcos Maurício, os policiais nomeados em 2016, cerca de 600 servidores, estão sem coletes.
O sindicalista ainda criticou a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), que, segundo ele, ingressou com ação no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para impor multa diária de R$ 50 mil caso a entidade mobilize a categoria para não trabalhar com os aparatos vencidos.
“Essa medida judicial retrata como a política do Executivo baiano interfere fortemente no Judiciário do nosso Estado. Essa liminar fere diretamente os direitos do trabalhador e da vida humana”, afirmou Marcos Maurício.
Em nota, a SSP-BA disse que as acusações do sindicato são “infundadas”. Afirmou ainda que a ação judicial, que proíbe a categoria de paralisar as atividades, não foi movida pela secretaria, mas sim pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Confira a nota na íntegra:
Diferentemente das alegações infundadas divulgadas por uma entidade sindical, a reestruturação da Polícia Civil tem sido uma das prioridades da Secretaria da Segurança Pública. Só nos últimos dois anos, além do lançamento de 18 novas unidades e recuperação de outras tantas em todo o estado, entregou cerca de 400 novas viaturas à instituição.
Neste mesmo período, mais de 700 novos profissionais foram nomeados e já atuam na defesa dos baianos, reforçando o trabalho e comprovando a importância da instituição e de seus representantes para a melhoria dos índices criminais. As contratações marcaram a história da PC, que enfrentou durante duas décadas o congelamento do quadro funcional.
Esclarece que arma de fogo não tem prazo de validade e as que, por algum motivo, apresentam defeitos são substituídas junto ao fabricante, dependendo do tipo de problema. Informa que as munições utilizadas são repostas pela chefia da Polícia Civil, mediante comprovação do uso e solicitação. Destaca ainda que todas as equipes que atuam nas ruas em ações veladas e cumprindo mandados utilizam coletes balísticos dentro da validade. Em tempo, comunica o que a PC está em fase final de licitação para aquisição de mais 2 mil coletes.
Por fim classifica como falta de respeito afirmar que a Justiça é subserviente ao Poder Executivo. Reiteramos o nosso apreço pela independência do atuante Judiciário baiano.

Bahia.ba