Subscretário da gestão de ACM Neto responde a processo cível na justiça

Em 2009, 27 pessoas eram denunciadas à Justiça pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPE-BA) por integrarem uma organização criminosa que montou e executou um esquema de fraude em licitações na Polícia Militar. Nove anos depois, um destes acusados, agora réu na Justiça, Adriano Motta Gallo, na época coordenador geral de licitações da Secretaria de Administração da Bahia (Saeb), é nomeado para o cargo de subsecretário municipal de Trabalho, Esportes e Lazer na prefeitura de Salvador.
Gallo será auxiliar do vereador licenciado Geraldo Júnior (SD), titular da pasta. Conforme denúncia da promotoria responsável pela investigação, Gallo era o responsável pela lisura dos processos licitatórios na Saeb, mas nada teria feito para coibir as irregularidades e passou a agir no núcleo criminoso formado por servidores.
De acordo com o MP, o caso de corrupção o esquema de fraudes consistiu em superfaturar e direcionar um processo licitatório para aquisição de 150 viaturas para a PM. Na época, o promotor de Justiça Luiz Augusto de Santana, que atuava junto à Justiça Militar, apontou que a extorsão da organização criminosa sobre o erário seria de mais de R$ 9 milhões, pois o valor médio de um veículo, que, com o lucro de empresário, chegaria a R$ 106.785,45 foi cotado em 172.133,34 pela empresa contratada para a prestação do serviço, a Júlio Simões Transportes e Serviços Ltda.
O processo movido pelo MP no Tribunal de Justiça da Bahia ainda se encontra em tramitação. A última movimentação foi registrada em 25 de novembro do ano passado, quando houve um pedido de suspensão do processo.
OUTRO LADO – Em nota enviada a equipe de reportagem do Bocão News, Gallo afirmou que já foi inocentado do processo nas esferas administrativa e criminal. Argumenta que não houve nenhuma prova que o envolva nas irregularidades apontadas no episódio.
Contudo, no ano passado, o Ministério Público da Bahia apresentou denúncia na área cível após seis anos do episódio, que ainde segue em tramitação. Gallo chama a ação de “intempestiva”, “pois já nasce prescrita”.
“Como coordenador-geral de licitações na época, fui envolvido nessa denúncia, a partir de um processo que foi construído dentro da própria Polícia Militar. Mas a Justiça já entendeu que nada tive a ver com os fatos denunciados”, frisou.

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