Taxista suspeito de agredir cantora é preso e pode perder licença

 Taxista suspeito de agredir cantora é preso e pode perder licença

O taxista Antônio Ricardo Rodrigues Luz, acusado de agredir a cantora Aiace Félix, foi preso em flagrante no início da tarde da última segunda-feira (4). Segundo informações do delegado em exercício da 7ª Delegacia (Rio Vermelho), Antônio Fernando Soares do Carmo, o taxista foi detido em casa, na Rua Alto do Gantois, na Federação, por volta das 13h. Ele deve responder pelos crimes de lesão corporal, tentativa de homicídio e injúria. Ainda segundo o delegado, a polícia chegou até o endereço do taxista através da dona do alvará. Além disso, o taxista também pode perder a autorização para trabalhar com táxi. Também nesta segunda-feira, a Secretaria Municipal da Mobilidade (Semob) abriu um processo administrativo contra Antônio Ricardo, que trabalhava como motorista auxiliar. O processo também inclui a dono do alvará – que, por sua vez, pode perder o alvará.

“Cada dono de táxi pode ter até dois motoristas auxiliares. O dono do alvará sofre processo administrativo como dono do alvará – porque recai no dono do alvará. Para a gente, não tem diferença entre dono de alvará e motorista auxiliar. Vamos aguardar a defesa dele (de Antônio Ricardo). Se ficar evidenciado que houve culpa ou dolo, ele poderá ser excluído da condição de motorista auxiliar. Com relação ao dono do alvará, se houve infringência do regulamento durante atividade, o alvará poderá ser cassado”, diz o secretário municipal da Mobilidade, Fábio Mota. Mas, para que tanto o motorista quanto a dono do alvará sofram a punição, é preciso a confirmação de que a agressão ocorreu durante o exercício da atividade de taxista. “Por exemplo, se tiver uma briga entre dois vizinhos e um deles for taxista, não posso tomar o alvará dele por causa dessa briga. Por enquanto, só temos a versão da imprensa. Precisamos ouvi-los”, completou o secretário. O taxista tem até 15 dias para se manifestar. A vítima também deve ser notificada para apresentar sua versão à Semob.

Por sua vez, a dona do alvará, que não quis se identificar, afirmou ao CORREIO que Antônio Ricardo não era condutor do veículo – segundo ela, ele estaria dirigindo “por acaso”. “Eu estava em casa. A Getaxi (Gerência de Táxi) sabe que não dirijo”, limitou-se a dizer, na 7ª Delegacia (Rio Vermelho).

Entenda o caso 

Em uma denúncia publicada no Facebook, Aiace Félix acusou um taxista de agressão no Rio Vermelho, na madrugada de domingo (3). Ela contou que tudo começou após o motorista assediar a sua irmã. Ao tentar defendê-la, a cantora foi agredida. O taxista tentou atingi-la com o carro.

“Eu segui andando com as meninas quando ele deu uma ré super brusca tentando atropelar a mim e as meninas. Um rapaz que passava na hora me puxou e evitou que algo mais grave acontecesse”, escreveu. Após conseguir escapar do atropelo, Aiace foi agredida com socos. “Não satisfeito, o taxista saiu do carro, veio na minha direção e me deu três socos no rosto, atingindo meu olho direito, minha boca e o ombro/pescoço. Como resultado, ganhei uma lesão na córnea e alguns hematomas pelo corpo”, relatou. Aiace se dirigiu até a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), em Brotas, mas não conseguiu registrar a queixa, porque não tinha nenhuma relação próxima com o agressor – segundo informação prestada na unidade policial. “Fomos atendidas por uma senhora super mau humorada e sem muito trato pra acolher uma vítima de agressão. Ela nos informou que lá só poderiam ser acolhidos casos em que a vítima tivesse alguma relação com seu agressor”

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