Tentando solucionar a crise, direção do PT se reúne na próxima semana 

Os desafios dos Partido dos Trabalhadores para manter as mãos no ‘timão’ da nau de centro-esquerda do país não são poucos. A começar pela própria estrutura partidária e no diálogo com a sociedade cada vez mais dispersa e avessa às tradicionais organizações sindicais e associações que deram sustentação ao modelo de agrupamento petista nos últimos 36 anos.
O alcança da Operação Lava-Jato também é desconhecido e a análise do resultado das últimas eleições demonstram todo o potencial destrutivo da relação da legenda com o eleitorado. Neste cenário, a direção estadual do PT baiano se reúne na próxima sexta-feira (18) e sábado (19), na sede da UPA, no CAB, em Salvador, para discutir as janelas de saída da crise.
O presidente estadual do partido, Everaldo Anunciação, afirma que o diagnóstico está elaborado, mas que é preciso ouvir a sociedade, não apenas a petista, para retomar o crescimento e protagonismo do projeto de “progressista”. “Vamos conversar sobre a atual conjuntura e resoluções do encontro nacional desta semana”.
A reunião é preparatória para o Congresso Estadual que acontece no final de março provavelmente em Salvador. A mudança na forma de eleição da direção também estará na pauta. Embora ainda existam os defensores da eleição direta, há um grupo significativo de petistas, que foram vitoriosos na tese de eleição por delegados.
O deputado federal Jorge Solla defende a mudança na forma de eleger as direções nacional e estaduais, contudo, argumenta que este é um debate secundário. “O processo eleitoral do PED termina restringindo o debate. Os congressos favorecem os debates para atualizar o programa de governo e de sociedade. É o momento de atualizar, repensar diante de um cenário nacional e internacional diferente. Mais que eleger a direção é ter um programa atualizado”.

 
Presidência
Everaldo Anunciação foi eleito em novembro de 2013 presidente estadual do partido. A disputa com Ernesto Marques foi uma das mais “quentes” na Bahia e deixou fissuras na legenda. Entretanto, passados três anos e diante do cenário atual a tendência é que se tenha uma eleição diferente. Everaldo, inclusive, não deve ser candidato à reeleição.
“Sou a favor da alternância e acredito que é preciso construir a unidade dentro do partido”, defende Everaldo. Para que isso ocorra serão necessários muitos encontros e muita conversa. Atualmente, existe uma crise instalada e não são poucas as divergências internas sobre os caminhos a serem tomados para sair dela.

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