‘Perdemos o maior acervo de referência à ciência do país’, diz diretor do Iphan

 ‘Perdemos o maior acervo de referência à ciência do país’, diz diretor do Iphan

Grande parte do acervo que fazia parte do Museu Nacional foi perdido por conta do incêndio ocorrido na noite de ontem (2), no Rio de Janeiro. Na avaliação do diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Andrey Schlee, houve uma perda “considerável”.

“Com muita tristeza, temos que reconhecer que perdemos o maior acervo de referência à ciência do país e um dos principais de todo o mundo. Aqui do Iphan recebemos ligação da imprensa da Alemanha, da Colômbia, de Portugal, da Espanha, da França… Ou seja, o mundo lamenta nossa incapacidade, enquanto país, de ter preservado um acervo de tanta qualidade e importância”, afirmou o dirigente, em entrevista ao programa Roda Baiana da Rádio Metrópole na tarde de hoje (3). 

Entre artefatos e obras, o museu abrigava diversos objetos de valor histórico, como itens adquiridos por D. Pedro II diretamente do Egito. “Chama muito a atenção a quantidade e o número. É fundamental marcar um museu criado em 1818 por D. João VI, que vem ao longo de 200 anos acumulando e conservando a história desse país, que é muito mais ampla. Nós tínhamos no Museu Nacional uma referência fundamental à história da antropologia no país. Tínhamos a coleção etnográfica que faz relação a todas as comunidades pré-históricas e históricas do Brasil e uma coleção de insetos única e gigantesca, referência internacional”, disse Schlee, que falou ainda das primeiras notícias sobre itens que restaram.

“As notícias que chegaram é que restou muito pouco. Do acervo que estava concentrado no prédio principal, no antigo palácio, tivemos uma perda considerável”, declarou. 

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